Foi bem visível a incomodidade de Cavaco perante o inegável sucesso – face ao que era apregoado como inevitável – da colocação da dívida pública a uma taxa de juros bem inferior à tida como inevitável.
Tão indisfarçável foi a sua incomodidade, que em vez de se regozijar pelo país, preferiu dizer que era preciso ver quem é que nos tinha comprado a dívida (a procura foi superior em mais de 3 vezes) e, não contente com a suspeição, alertou para a possibilidade de uma grave crise política a curto prazo.
Cavaco, foi tudo menos um Presidente da República que pugna por defender e puxar pelo seu país, para assumir o papel de chefe da 5ª coluna que pretende abrir caminho à entrada do FMI em Portugal. Cavaco, “lavou” todos os arrufos do passado que tinha com Passos Coelho e assumiu-se como o “padrinho” das fileiras dos nossos neo-liberais.
Mais grave ainda, Cavaco, ao assumir uma crise política, tentou objectivamente travar a onda de confiança manifestada pelos mercados na nossa economia e capacidade financeira. Tentou, travar o sucesso das próximas emissões de dívida pública.
Mas porque querem Cavaco e a direita o FMI em Portugal? Querem porque lhes falta coragem política para assumirem a sua própria ideia de modelo de governação económica. Querem o FMI, porque assim será mais fácil destruírem o modelo de Estado social que temos, para implementar um outro modelo, completamente desregulado e assente no “império” dos mais dotados e poderosos economicamente.
A enorme diferença entre eles e Sócrates e o PS, é que este governo, embora cometendo alguns erros, assume a responsabilidade pelas medidas duras, difíceis para todos, mas procura salvaguardar o Estado social. É por isso que corta salários, mas não despede, é por isso que implementa maior rigor no acesso ao Serviço Nacional de Saúde, ao subsídio de desemprego ou ao rendimento mínimo, mas não destrói esses princípios básicos de um Estado solidário e responsável.
Cavaco e a direita querem acabar com isto sem terem de pagar a despesa eleitoral. Sabem que as primeiras medidas do FMI, serão, para além de confirmar o que já está assumido por este governo, o de exigir milhares de despedimentos cegos na função pública, aniquilação do SNS, do Rendimento de Inserção, do Salário Mínimo e de ainda maior contenção no subsídio de desemprego e porventura, até mesmo retirada dos subsídios de férias e de Natal.
Mas ainda mais, o FMI exigirá aquilo que é a “cereja no topo do bolo” para toda a direita: a completa desregulação das leis de trabalho com a total liberalização dos despedimentos, como aliás há uns meses atrás tão candidamente o PSD propôs na sua versão de revisão constitucional.
É portanto por mera cobardia política que a direita quer o FMI. É que este implementará o seu programa em nome dela, dando-lhes a vantagem de não terem de as assumirem perante o povo português.
Cavaco, também se desdobrou em declarações exigindo mais despesa (apoio a empresas, ao ensino privado, subsídios, etc., etc.) e apelos genéricos à solidariedade com os mais pobres. Para além de ter revelado uma faceta populista, que em tempos apelidou de “má moeda”, não disse como iria arrecadar receita para tal em simultâneo com a necessidade de cumprir com o objectivo de eliminação de despesa pública.
Só se a solução for uma espécie de receita milagrosa de oferecer a todos acções a um euro, para depois lhes garantir no ano seguinte uma valorização de 140%.
Tão indisfarçável foi a sua incomodidade, que em vez de se regozijar pelo país, preferiu dizer que era preciso ver quem é que nos tinha comprado a dívida (a procura foi superior em mais de 3 vezes) e, não contente com a suspeição, alertou para a possibilidade de uma grave crise política a curto prazo.
Cavaco, foi tudo menos um Presidente da República que pugna por defender e puxar pelo seu país, para assumir o papel de chefe da 5ª coluna que pretende abrir caminho à entrada do FMI em Portugal. Cavaco, “lavou” todos os arrufos do passado que tinha com Passos Coelho e assumiu-se como o “padrinho” das fileiras dos nossos neo-liberais.
Mais grave ainda, Cavaco, ao assumir uma crise política, tentou objectivamente travar a onda de confiança manifestada pelos mercados na nossa economia e capacidade financeira. Tentou, travar o sucesso das próximas emissões de dívida pública.
Mas porque querem Cavaco e a direita o FMI em Portugal? Querem porque lhes falta coragem política para assumirem a sua própria ideia de modelo de governação económica. Querem o FMI, porque assim será mais fácil destruírem o modelo de Estado social que temos, para implementar um outro modelo, completamente desregulado e assente no “império” dos mais dotados e poderosos economicamente.
A enorme diferença entre eles e Sócrates e o PS, é que este governo, embora cometendo alguns erros, assume a responsabilidade pelas medidas duras, difíceis para todos, mas procura salvaguardar o Estado social. É por isso que corta salários, mas não despede, é por isso que implementa maior rigor no acesso ao Serviço Nacional de Saúde, ao subsídio de desemprego ou ao rendimento mínimo, mas não destrói esses princípios básicos de um Estado solidário e responsável.
Cavaco e a direita querem acabar com isto sem terem de pagar a despesa eleitoral. Sabem que as primeiras medidas do FMI, serão, para além de confirmar o que já está assumido por este governo, o de exigir milhares de despedimentos cegos na função pública, aniquilação do SNS, do Rendimento de Inserção, do Salário Mínimo e de ainda maior contenção no subsídio de desemprego e porventura, até mesmo retirada dos subsídios de férias e de Natal.
Mas ainda mais, o FMI exigirá aquilo que é a “cereja no topo do bolo” para toda a direita: a completa desregulação das leis de trabalho com a total liberalização dos despedimentos, como aliás há uns meses atrás tão candidamente o PSD propôs na sua versão de revisão constitucional.
É portanto por mera cobardia política que a direita quer o FMI. É que este implementará o seu programa em nome dela, dando-lhes a vantagem de não terem de as assumirem perante o povo português.
Cavaco, também se desdobrou em declarações exigindo mais despesa (apoio a empresas, ao ensino privado, subsídios, etc., etc.) e apelos genéricos à solidariedade com os mais pobres. Para além de ter revelado uma faceta populista, que em tempos apelidou de “má moeda”, não disse como iria arrecadar receita para tal em simultâneo com a necessidade de cumprir com o objectivo de eliminação de despesa pública.
Só se a solução for uma espécie de receita milagrosa de oferecer a todos acções a um euro, para depois lhes garantir no ano seguinte uma valorização de 140%.
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